Vereadora Ana Maria (PT), momentos antes de sumir
(Foto: Reprodução/RPC TV)
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Fonte: g1.globo.com
Segundo a polícia, ela deve ser ouvida ainda na tarde desta quinta-feira.
Sumiço da parlamentar adiou escolha da Mesa Executiva da Câmara.
A vereadora de Ponta Grossa, no interior do Paraná, Professora Ana (PT), presa na noite de quarta-feira (2), suspeita de ter forjado o próprio sequestro, deixou o hospital onde estava internada. Ela saiu em um carro da Polícia Militar, escoltado por outra viatura, e foi levada para o 13ª Subdivisão Policial, que fica na cidade.Na tarde de quarta-feira (2), a vereadora apareceu na Santa Casa de Misericórdia, demonstrando-se atordoada. Ela recebeu atendimento médico e foi transferida para o Hospital Regional da cidade. Ainda na quarta, a polícia prendeu um assessor de Ana Maria. A voz de prisão foi dada indiretamente, já que Ana Maria estava sedada e incapaz de prestar depoimento.
De acordo com a Polícia Civil, a vereadora deve prestar depoimento tão logo chegue à unidade. Os policiais querem que ela explique os motivos que a levaram a desaparecer e abandonar a sessão que daria posse à Mesa Executiva da Câmara de Vereadores.
Os trabalhos estavam previstos para ocorrer na noite do dia 1º de janeiro. Logo após a posse dos vereadores e do prefeito, que ocorreu no Cine Teatro Ópera, os parlamentares se reuniriam na Câmara para definir a questão. Como Ana não apareceu, os colegas de partido decidiram não dar continuidade à sessão, que foi novamente adiada na quarta-feira.
Em entrevista coletiva ainda na quarta-feira, o delegado Luíz Alberto Cartaxo, que integra o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Grupo Tigre), especializado em resgate de reféns, disse que a vereadora teria forjado o sequestro por não concordar com a possível formação da Mesa Executiva.
“O que dá impressão, é uma opinião que estou dando, não existe nada de concreto nos autos, a ideia [de Ana Maria] era de que fosse uma ação rápida, que ocorresse a votação e ela reaparece”, especulou. Isso não ocorreu, lembrou o delegado, porque os demais vereadores da bancada se negaram a dar continuidade à sessão. “Fugiu ao controle”, complementou
Além dela, outras quatro pessoas também foram presas. Um dos detidos é o motorista que a acompanhava na hora do suposto sequestro. Ainda no dia da ação, ele chegou a dar entrevistas e depoimentos à polícia dizendo como tudo teria acontecido.
Por volta das 15h desta quinta, os vereadores começaram uma nova sessão para, finalmente, definir quem deve comandar a Casa.
Partido não se manifesta
O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, o deputado Ênio Verri, disse ao G1 que a Executiva não vai se posicionar em relação ao caso. "A executiva estadual só se manifesta após o diretório municipal tomar alguma providência. Por enquanto, não temos nada a declarar sobre o caso", afirmou.
O G1 também tentou contato com o advogado da vereadora, mas o celular estava fora da área de serviço.
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