segunda-feira, 9 de agosto de 2010

BETOGATE CAIXA 2 :Pivô de caso é candidato na aliança de Richa

Fonte: Bemparana / Luciana Pombo / Blog do Esmael


Envolvido em acusação na campanha de 2008 de ex-prefeito disputa vaga na Câmara pela coligação de Beto Richa. 



Manassés: “Se tivesse algum tipo de constrangimento entre mim e o povo do Beto Richa ou do PSB, eu não seria candidato” (foto: Franklin de Freitas) Pivô do caso que levantou suspeitas de caixa dois na campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB) para a prefeitura de Curitiba, em 2008, o ex-vereador e ex-secretário de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, Manassés de Oliveira está de volta ao cenário político nesta eleição. Manasses é candidato a deputado federal pelo PSB – partido do atual prefeito da capital, Luciano Ducci. Nesta eleição, o PSB integra a coligação que apoia a candidatura de Richa ao governo do Estado.
O ex-vereador foi demitido da secretaria por Richa em 2009, quando vieram à tona vídeos em que ele aparecia recebendo dinheiro e assinando recibos em nomes de ex-candidatos do PRTB das mãos de Alexandre Gardolinski, coordenador do Comitê da Lealdade e ex-chefe de gabinete do Abastecimento Municipal. Na época, o comitê reunia candidatos a vereador do PRTB que se rebelaram contra o apoio ao candidato do PTB à prefeitura, deputado Fábio Camargo, para apoiar a reeleição de Richa para a prefeitura. As imagens, feitas por Gardolinski, foram ao ar em rede nacional no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, em junho de 2009.
As fitas que foram entregues para o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e ao Ministério Público (MP) do Paraná embasaram a denúncia que está na 1ª Zona Eleitoral em fase de recurso e que pede a cassação do mandato do então prefeito Beto Richa e do então vice-prefeito (atual prefeito) Luciano Ducci. A ação pede ainda a suspensão dos direitos políticos por três anos dos beneficiários do esquema – no caso, os administradores públicos.
Como Beto Richa teve que deixar o cargo de prefeito para disputar a eleição para o governo do Estado, a ação de cassação do mandato vale apenas para Ducci. Richa, porém, ainda poderá ser considerado inelegível por determinação judicial, em caso de condenação.
As imagens, que estão disponíveis no Youtube, foram feitas pelo próprio coordenador do comitê. Gardolinski alegava que mantinha as gravações internas para controle pessoal. A exemplo de Manassés, quando os videos foram divulgados, ele também foi demitido por Richa da chefia de gabinete do Abastecimento Municipal.
Além de Manasses, vários ex-candidatos a vereador frequentavam o comitê e receberam das mãos do coordenador volumes que chegavam a R$ 800. Estes valores não foram declarados pela coordenação de campanha da coligação de Richa para a prefeitura, vencedora das eleições de 2008.
A suspeita é de que eles tenham recebido dinheiro em troca do apoio à reeleição de Richa na prefeitura. O tucano sempre negou relação com o episódio, apesar de aparecer ao lado de Gardolinski e Manassés, em vídeo que registrou a inauguração do comitê.
Apesar de ter sido exonerado em 2009, quando as suspeitas surgiram, Manasses ainda está no mesmo grupo de Beto Richa. Os dois estiveram reunidos na tarde de terça-feira da semana passada quando discutiram encaminhamentos partidários para a campanha deste ano.

Beto Richa ainda não explicou participação na gravação do Manasses de Oliveira
Manasses, Marinete e Mestre Déa: trio de ex-candidatos do PRTB complicam Richa.
Se não tivesse ocorrido absolutamente nada como apregoam os assessores da Prefeitura de Curitiba, por consequência, não haveria motivo algum para a demissão sumária do secretário municipal para Assuntos Metropolitana, Manasses Oliveira, e do gestor da Secretaria Municipal do Trabalho, Alexandre Gardolinski, autor das filmagens que supostamente flagraram eles e o prefeito Beto Richa (PSDB) participando de uma orgia financeira durante a campanha de 2008.
O prefeito Beto Richa deve uma explicação urgente aos 77% dos eleitores curitibanos que lhe deram mais um mandato no ano passado, pois as imagens seriam muito fortes.
A título de comparação, um analista político que assistiu ao vídeo disse ao blog que é muito mais fácil um marido explicar à esposa batom na cueca do que o prefeito tucano explicar a ponta (participação) dele nas gravações feitas pelo ex-companheiro Gardolinski.
No domingo à noite, o programa Fantástico da Rede Globo deverá levar ao ar o conteúdo da fita. Fala-se no Centro Cívico que Beto Richa concedeu ontem entrevista à TV dos Marinhos.
Se Beto Richa não deve nada a ninguém, ora, por que demitiu na calada da noite de ontem o Manasses? Só por que ele é negro? Algo precisa ser dito à população curitibana.

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