Fonte: Blog Política em Debate
Chega a ser engraçada a tentativa do candidato do PSDB, Beto Richa, de negar sua relação com o governo Jaime Lerner. Em entrevista em Ponta Grossa, ontem, o tucano rechaçou qualquer ligação com o ex-governador, alegando que só admite comparação com seu pai, José Richa. E ainda apontou a existência de diversas pessoas ligadas a Lerner na campanha do adversário.
Chega a ser engraçada a tentativa do candidato do PSDB, Beto Richa, de negar sua relação com o governo Jaime Lerner. Em entrevista em Ponta Grossa, ontem, o tucano rechaçou qualquer ligação com o ex-governador, alegando que só admite comparação com seu pai, José Richa. E ainda apontou a existência de diversas pessoas ligadas a Lerner na campanha do adversário.
As declarações de Richa só mostram que ele aposta na falta de memória do eleitorado. Afinal, qualquer um que acompanhou minimamente a política paranaense nos últimos anos sabe que o ex-prefeito tem uma ligação umbilical com o grupo de Lerner. Richa começou sua carreira política elegendo-se deputado estadual em 1994, não por acaso ano em que Lerner se elegeu governador. Na Assembleia, foi um aliado leal e sempre votou de acordo com a orientação do governo. Em 1998 foi reeleito, e continuou na base governista.
Como deputado da base do governo Lerner, nunca se ouviu dele qualquer crítica ou questionamento a iniciativas e projetos da administração, como a privatização do Banestado, a tentativa de venda da Copel e a implantação do pedágio, muito pelo contrário.
Em 2000 foi indicado candidato a vice-prefeito na chapa de Cassio Taniguchi, fiel escudeiro de Lerner. Em 2002, foi o candidato de Lerner à sucessão estadual. Na ocasião, inclusive, o então governador acabou rompendo com o ex-prefeito de Curitiba e atual deputado estadual Rafael Greca, que disputou no PFL (hoje DEM) a indicação de candidato ao governo. Orientado por Lerner, o partido rifou Greca e apoiou a candidatura de Richa ao governo.
Além disso, o próprio Richa declarou recentemente considerar equivocada essa “demonização” da era lernista, afirmando que muitas pessoas ligadas ao ex-governador que estão ao se lado tem excelente histórico como administradores públicos e profissionais. O que é verdade. É melhor esse tipo de consideração ponderada, do que a tentativa canhestra de negar a história e apostar na falta de informação e memória das pessoas.
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