segunda-feira, 16 de maio de 2011

JUSTIÇA NEGA FIANÇA AO CHEFE DO FMI

Tribunal americano alegou risco de fuga e suspeita de outros crimes; outra mulher diz que foi atacada.
Fonte: Destak
A Justiça de Nova York negou a possibilidade de pagamento de fiança ao diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, 62, acusado de abusar sexualmente de uma camareira num hotel.
A defesa propôs o pagamento de US$ 1 milhão, mas ele ficará sob custódia do governo americano até a próxima audiência, na sexta.
A decisão de manter Strauss-Kahn preso se baseou no risco de ele fugir dos EUA. "O fato de que ele estava prestes a embarcar em um voo [quando foi preso] levanta preocupações", disse a juíza Melissa Jackson.
O chefe do FMI negou as acusações e disse que estava em um restaurante almoçando com a filha no momento do suposto ataque.
Outra acusação
Outro argumento usado pela promotoria e acatado pelo tribunal foi o de que Strauss-Kahn já era suspeito de ter cometido crimes parecidos.
Na França, a jornalista Tristane Banon pretende apresentar queixa por ter sido sexualmente molestada por Strauss-Kahn em 2002. Advogados afirmam que ela não foi à Justiça antes convencida pela sua própria mãe, líder regional do Partido Socialista francês, a mesma legenda de Strauss-Kahn. "Agora ela sabe que será ouvida e levada a sério", afirmam.
Em um programa de TV, em 2007, Tristane disse que procurou o chefe do FMI para uma entrevista, mas ele parecia um "chimpanzé no cio" e ela foi obrigada a lutar para fugir do ataque.
Veja mais >> http://migre.me/4yMsP (fonte Folha.com)

Dominique Strauss-Kahn é levado a Tribunal de Manhattan, em NY

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Neivo Beraldin é o novo Superintendente Regional do Trabalho no Paraná

Conforme anunciado por este blog no dia 20 de abril deste ano:

"Neivo Beraldin tem sua indicação para SRTE/PR confirmada pela bancada pedetista no Paraná"  http://migre.me/4syUI
Neivo teve a sua nomeação para o cargo de Superintendente Regional do Trabalho no Paraná publicada na portaria 833 do Ministério do Trabalho e Emprego do dia 04 de maio de 2011. >>>  http://migre.me/4szI9

Nascido em 22 de Dezembro de 1951 na cidade de Erechim/RS   Neivo Beraldin foi vereador de Curitiba (PMDB-PR) na legislatura 1983-1986. Suplente na legislatura 1987-1990 (PMDB), assumiu o mandato em 1988 na vaga de José Domingos Scarpelini, eleito prefeito de Apucarana. Deputado estadual por três legislaturas (1991-1994, PP-PR; 1995-1998, PPB-PR; 1999-2002, PSDB-PR), e foi Secretário municipal de Esporte e Lazer de Curitiba de 2007 a 2008.
Filiações Partidárias: PMDB, PP, PPB, PSDB e PDT.
Cargos executivos e administrativos ocupados: Secretário municipal de Esporte e Lazer de Curitiba (2007-2008), Superintendente Regional do Trabalho no Paraná (2011).

quinta-feira, 5 de maio de 2011

“Depois de dez anos, duas guerras, 919.967 mortes e 1,188 trilhão de dólares, conseguimos matar uma pessoa”.

Bin Laden está morto. Missão cumprida?
Antonio Luiz M. C. Costa

Escreveu uma internauta retuitada pelo cineasta Michael Moore: “Depois de dez anos, duas guerras, 919.967 mortes e 1,188 trilhão de dólares, conseguimos matar uma pessoa”. Objetivamente, é pouco mais que isso. Embora (propositalmente?) anunciado no 66º aniversário do anúncio da morte de Adolf Hitler, o assassinato de Osama bin Laden não tem um significado comparável. A Al-Qaeda não é uma máquina de guerra convencional e centralizada à beira do colapso, como era o exército nazista em 1º de maio de 1945. Talvez resulte mais próximo do que foi o 1º de maio de 2003, quando Bush júnior anunciou a “missão cumprida” no Iraque, mas o problema mal estava começando.
Segundo os Estados Unidos, Bin Laden estava em uma confortável construção de três andares, cercada de muros de quatro a cinco metros ao lado de um colégio de elite e a dois quarteirões de uma delegacia de polícia na cidade turística de Abbottabad, a 116 quilômetros ou duas horas de estrada da capital, Islamabad (cerca de 55 quilômetros em linha reta). Em termos de Brasil, seria como estar em uma mansão em um dos bairros centrais de Campos do Jordão. Ou melhor, em Resende, visto que o local também está a uma breve caminhada de uma das principais academias militares do Paquistão.
Sohab Athair, um usuário do Twitter que se descreve como “um consultor de TI que deu um tempo para a corrida de ratos e escondeu-se nas montanhas com seu laptop”, cobriu a operação desde o início, sem saber exatamente o que se passava e a uns dois quilômetros do local: “helicópteros pairando sobre Abbottabad a uma hora da madrugada (é um evento raro)”. Ouviu explosão, tiros e as poucas pessoas acordadas àquela hora dizerem que pelo menos um dos helicópteros não era paquistanês. Entendeu que era uma situação complicada, mas pensou que era a queda de um helicóptero, como foi inicialmente divulgado na mídia paquistanesa. Compreendeu cinco horas depois, quando Barack Obama foi à tevê anunciar triunfalmente a morte do líder terrorista. “Lá se foi a vizinhança”, escreveu, melancolicamente.
O presidente dos EUA fez do anúncio um discurso cuidadosamente balanceado e um espetáculo muito bem montado. Como quem encarna um herói de Hollywood, iniciou com um “eu planejei, comandei e determinei a morte de Osama bin Laden” e encerrou com “Vamos sempre defender a Justiça e a Liberdade. Deus os abençoe e abençoe a América”. Deu as costas para a câmera e caminhou majestosamente pelo tapete vermelho até o fim do corredor, como um caubói que sai de cena cavalgando para o entardecer, enquanto aparecem os créditos finais.
Bush júnior teve um momento equivalente ao pousar um caça no porta-aviões Abraham Lincoln e fazer seu discurso de vitória sobre Saddam Hussein, com direito a tomadas igualmente heroicas e hollywoodianas. Conseguiu enganar o público o suficiente para ser reeleito em 2005, mas sua popularidade desmoronou em seguida e arrastou-se melancolicamente até o fim do segundo mandato. Obama repetirá o mesmo roteiro?
De qualquer forma, a curto prazo e do ponto de vista da política interna dos EUA, foi um golpe de mestre. Logo depois de reduzir ao ridículo o rival republicano Donald Trump e sua obsessão com a certidão de nascimento do presidente, Obama posa como o herói de guerra e hábil comandante. Em 40 minutos, com um pelotão de forças especiais da Marinha, atingiu o objetivo que Bush júnior garantiu visar durante dois mandatos, mobilizando para isso todo o aparato militar e de inteligência dos EUA e envolvendo o país em duas guerras inúteis e catastróficas para sua economia e relações internacionais.
Yes, we can? Obama não pôde cumprir as promessas de reformas sociais, ambientais e econômicas pelas quais foi eleito, nem sequer fechar a prisão de Guantánamo, mas ao menos cumpriu uma promessa do governo anterior. Pode ser o bastante para garantir sua reeleição, vista a fraqueza das candidaturas republicanas, mas é improvável que a aura da vitória se estenda sobre o resto do Partido Democrata nas eleições legislativas. Assim, o resultado será provavelmente a continuação do impasse político até 2016. A menos que o presidente consiga capitalizar a façanha a ponto de mobilizar a opinião pública em favor da política social e econômica democrata e soterrar a demagogia do Tea Party, o que até agora não se mostrou disposto a fazer.
Do ponto de vista internacional e do campo de batalha real, é pouco provável que a morte de Bin Laden mude o jogo. Sua importância pessoal sempre foi muito exagerada por uma mídia ansiosa por vilões. Mesmo a Al-Qaeda é apenas um aspecto do fundamentalismo islâmico, que é anterior a essa organização em particular, é muito mais amplo e não deixará de existir enquanto não mudarem as condições que o tornaram influente entre as massas muçulmanas humilhadas. A própria forma como foi morto basta para demonstrar que o problema é muito mais vasto. Bin Laden certamente não teria vivido anos em um centro urbano de alta classe média sem a cumplicidade total das Forças Armadas e do serviço de inteligência paquistaneses.

Antonio Luiz M. C. Costa


 

Antonio Luiz M.C.Costa é editor de internacional de CartaCapital e também escreve sobre ciência e ficção científica.



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vereadores da base de apoio de Ducci retiram assinaturas da CPI dos Radares

O líder da oposição na Câmara, vereador Algaci Túlio (PMDB) classificou esta segunda-feira como um dos dias mais tristes para o Legislativo Paranaense. “Hoje a Câmara ‘sentou no colo do prefeito’”
fonte: Roger Pereira / Parana Online

Três vereadores da base de apoio do prefeito Luciano Ducci (PSB) retiraram, nesta segunda-feira, suas assinaturas do pedido de CPI dos Radares, que pretende investigar a licitação e o contrato da prefeitura com a empresa Consilux, que opera o sistema de multas de trânsito por fiscalização eletrônica em Curitiba.
As retiradas das assinaturas ocorreram no momento em que a proposta de CPI, esperando as 13 assinaturas necessárias para sua abertura há um mês, se aproximava de ser protocolada. Faltavam duas adesões e os três vereadores do PDT estavam propensos a assiná-la.
Negando pressão do prefeito, Jair Cézar (PSDB), Professor Galdino (PSDB) e Denilson Pires (DEM) retiraram suas assinaturas depois que Ducci e o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB) designaram Jair Cézar para fazer parte de uma comissão de investigação montada pela prefeitura para investigar os contratos.
“O que eu queria com a CPI, conseguirei antes através dessa comissão, que é o acesso à documentação da Consilux, a esses contratos e aos aditivos. Estando nesta comissão técnica, não justifica a CPI”, alegou Jair Cézar. “À minha pessoa não há influência do Executivo. Não acredito que estão nos usando para qualquer artifício, vou lá (na comissão) para trabalhar. Nos foi dada essa oportunidade, não sou leigo, vou exigir total seriedade desta comissão. Não vou lá para compor, vou participar de um processo investigativo e vou expor tudo o que encontrar”, garantiu o vereador.
O líder da oposição na Câmara, vereador Algaci Túlio (PMDB) classificou esta segunda-feira como um dos dias mais tristes para o Legislativo Paranaense. “Hoje a Câmara ‘sentou no colo do prefeito’”, declarou, dizendo que a retirada das assinaturas, bem como a aprovação da indicação de um vereador para o Conselho do IPPUC, “como pode alguém fazer parte do conselho de um órgão que tem que fiscalizar?” é uma prova da dependência em relação ao Executivo. “A partir do momento em que os vereadores não demonstram interesse em investigar um escândalo nacional, estamos demonstrando nossa total submissão”, disse.
Algaci lembrou que a Câmara está há 10 anos sem uma CPI, uma dos principais artifícios para que o Legislativo cumpra uma de suas funções constitucionais, a de fiscalizar o Poder Executivo, e apelou para que a opinião pública pressione seus parlamentares para que a Câmara saia desse estado de submissão.
“A Câmara está engessada há todos esses anos e a opinião pública não está percebendo. Isso é esquecido e todo mundo se reelege ano que vem. A população precisa se mobilizar contra essa postura. A máfia dos radares é notícia nacional, e a Câmara de Curitiba não vai fazer nada. Os eleitores precisam cobrar seus vereadores”, disse o vereador, desiludido em conseguir, agora, as cinco assinaturas necessárias para implantar a CPI.