quinta-feira, 9 de junho de 2011

Novo senador do Paraná, Sérgio de Souza nunca foi votado.

Fonte: Elizabete Castro / Paraná Online

O novo senador do Paraná nunca ocupou nenhum cargo eletivo. Desconhecido do eleitor, Sérgio de Souza é advogado e ex-assessor do ex-governador Orlando Pessuti. A indicação de Souza como primeiro suplente de Gleisi Hoffmann ao Senado foi uma exigência de Pessuti, durante as negociações que resultaram no apoio do PMDB à candidatura de Osmar Dias (PDT) ao governo do estado.
Descrito como um especialista em legislação eleitoral, Souza é proprietário do escritório de advocacia onde trabalha o filho de Pessuti, Moisés, em Curitiba. No site do seu escritório, a informação é que Souza presta consultoria e assessoria agentes políticos e gestores públicos.
Há alguns meses, Souza tem acompanhado Pessuti nos encontros partidários que o ex-governador tem realizado no interior do estado.
Pessuti disse que Souza já vinha sendo preparado para atuar politicamente há muito tempo. Souza foi chefe de gabinete de Pessuti, quando ocupou a vice-governadoria no segundo mandato do ex-governador Roberto Requião. "Nós queríamos que ele já tivesse concorrido a deputado estadual ou deputado federal. Ele é uma pessoa competente. Foi um grande assessor e um militante atuante da juventude do PMDB", afirmou o ex-governador.

Gleisi toma posse falando em “gratidão e senso de responsabilidade”

Fonte: Roger Pereira / Paraná Online 
A paranaense Gleisi Hoffmann acaba de tomar posse como ministra-chefe da Casa Civil, com um discurso de “gratidão e senso de responsabilidade”, Gleisi agradeço a confiança e oportunidade de servir o país. “Foi nessa mesma Casa Civil que Dilma mostrou seu trabalho, lealdade e seriedade”.
Gleisi disse que dará continuidade ao trabalho de transformação do Brasil que diz vem dando certo. “E está dando certo porque sabemos a razão de estarmos aqui, garantir cidadania e dignidade a todos os brasileiros”. A nova ministra disse que trabalhará “em linha direta com a presidenta, fazendo a gestão das ações de governo de acordo com as prioridades da presidente Dilma”.
Gleisi terminou seu discurso com um recado aos paranaenses. “Vamos nos encontrar menos, mas mantenho meus compromissos com nossos estado e a qualidade de nossas ações”.
Ao entregar o cargo, Palocci disse que decidiu deixar o cargo por conta de todas as suas atividades no governo estarem prejudicadas pelo clima político que se criou. “O Parecer da PGR só comprova que trabalhei dentro da mais estrita legalidade, respeitando todos os princípios éticos. Mas mundo jurídico não trabalha da mesma forma que o mundo jurídico. Minhas atividades foram sendo progressivamente comprometidas pelo ambiente político”, declarou. “Saio com paz de espírito, de cabeça erguida, honrado meu trabalho, minha família e meus companheiros. Vim para ajudar a promover o diálogo, saio agora para preservá-lo”, disse o ex-ministro, que elogiu a escolha de Gleisi
para sucedê-lo e desejou sorte à nova ministra.
A presidente Dilma Rousseff (PT) iniciou seu discurso dizendo que estaria mentindo se não dissesse estar triste pela saída de Palocci. “Tenho muitos motivos para lamentar a saída de Palocci, de ordem política, administrativa e pessoal. Agradeço Palocci por tudo o que ele fez pelo governo, por mim e pelo Brasil”. Mas disse, também, estar satisfeita
com a solução que encontrou para dar continuidade para dar sequência ao trabalho fundamental da Casa Civil”. Dilma elogiu a nova ministra e disse não ter dúvidas de ter feito a escolha certa. “Tenho certeza que você será bem sucedida nessa nova função. Sei disso porque a conheço muito bem, assim como conheço bem as funções do cargo que passará a exercer”. A presidente já convocou Gleisi ao trabalho. “Prepare-se, pois nossos compromissos são ousados: controlar a inflação, fazer a economia crescer, fortalecer a classe média, investir em educação e, acima de tudo, assegurar que um país rico é um país sem miséria”.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ex-diretor da Assembleia sai preso da CPI da Espionagem

 Fonte:   Roger Pereira / Parana Online

Ex-diretor da AL, Francisco Ricardo Neto, durante depoimento na CPI da Espionagem em março deste ano.



O ex-diretor administrativo da Assembleia Legislativa do Paraná Francisco Ricardo Neto foi preso na tarde desta quarta-feira após prestar depoimento na CPI da Espionagem. O presidente da Comissão deputado Marcelo Rangel (PPS) determinou a prisão do ex-diretor porque houve contradições no depoimento dele. Ricardo Neto era coordenador técnico da Assembléia na época da compra dos aparelhos bloqueadores de celular pela administração anterior da Assembleia.
Em depoimento, ele continuou sustentando que os aparelhos comprados não tinham função de transmitir ou gravar conversas ou ligações telefônicas, enquanto a perícia contratada pela Assembleia informou o contrário.A declaração que causou o pedido de prisão, no entanto, foi a de que, hoje, ele não saberia informar quem foi que mandou comprar e instalar os equipamentos. Em depoimento anterior, no dia 23 de março, ele responsabilizou o ex-chefe de gabinete do deputado Nelson Justus (ex-presidente da Casa) Sérgio Monteiro pela decisão. Hoje, na frente de Monteiro, que também participou da sessão, Ricardo Neto reformou seu depoimento, revoltando Rangel.
Ricardo Neto saiu do plenário escoltado por seguranças e foi para a sala reservada.Por volta das 15h30, ele foi levado para o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) para prestar depoimento. Lá, após responder às indagações do delegado, deve assinar um termo e ser liberado.
O advogado do ex-diretor, Marden Maués, disse que o presidente da CPI não tinha poder para decretar a prisão, prerrogativa, segundo ele, da polícia e da Justiça. Maués disse que vai denunciar Rangel à corregedoria da Assembleia.
O deputado Fábio Camargo (PTB), em pronunciamento no plenário, questionou a prisão do ex-servidor. Ele classificou a atitude de Marcelo Rangel de covarde, dizendo que gerou um sentimento de revolta na Casa a prisão do funcionário. “Todo mundo sabe que ele nunca roubou a Casa, que não foi ele que mandou instalar os equipamentos. Tenho muitos elogios ao trabalho técnico da CPI, mas hoje, ela foi covarde”, disse. “Se ele mentiu, se contradisse, é porque sendo leal ao ex-chefe dele, vai prender o chefe dele, quem realmente orientava, mandava, determinava”, concluiu.