quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Disputa entre Richa e Alvaro será decidida por José Serra

Candidatura de José Serra definirá sobre quem deve concorrer ao governo do Paraná. Objetivo é garantir a unidade do partido durante a disputa com Dilma.

 OLHO VIVO: Se analizarmos que a questão que vai definir o nome do candidato ao Governo do Paraná, será a que possibilite maior apoio e número de votos ao José Serra na eleição para presidente da república, no Estado, então é bem simples:
- Se Beto sair candidato, irá enfrentar Osmar Dias em aliança com o PT, o que abrirá um forte palanque para Dilma, sem contar na transferência de votos do Senador, e ainda sem certeza se ele, Richa sairá vencedor da disputa, assim sendo o PSDB, pode de uma vez só ficar sem a Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado do Paraná e inclusive sem a presidência da República!
- Se o Senador Álvaro Dias for o candidato, será de coalizão: O Osmar já deixou bem claro, e o fêz bem mais do que uma vez, para a imprênsa, que nunca bateu e nunca baterá chapa com o irmão, sendo assim desistirá da candidatura ao governo, ou seja: adeus palanque para Dilma no Paraná, além disso Álvaro ainda tem outra carta na manga, afirma que Pessuti também desiste para apoiá-lo (quem acompanha no Twitter, já cansou de ver as menções de apoio de Requião). Ou seja Álvaro Dias será imbatível, abrirá o Estado para uma vitória esmagadora de Serra sobre Dilma, fator que pode decidir a eleição para presidente, e o Beto continua prefeito de Curitiba, conforme se comprometeu com seus eleitores no pleito passado. É o paraíso sonhado pelo PSDB.
Agora eu pergunto será que ainda existem dúvidas? Ou vão jogar tudo isso fóra pela simples ambição pessoal?
Acompanhe abaixo reportagem da Gazeta do Povo a respeito:

- Brasília - A disputa entre o prefeito Beto Richa e o senador Alvaro Dias pela candidatura do PSDB ao Palácio Iguaçu passará pelo aval do governador de São Paulo e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra. Os paranaenses estiveram reunidos ontem em Brasília com o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), que vai le­­­var a questão a Serra. A resposta de­­­ve sair até amanhã.


“O país e o PSDB são bem maiores do que eu sozinho”, disse Guerra, justificando a decisão de estender a negociação ao governador paulista. De acordo com a avaliação interna do partido, o Paraná transformou-se em um estado fundamental na provável e cada vez mais acirrada disputa presidencial polarizada com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). “Seria decisivo somar o maior número de votos entre os paranaenses para compensar uma possível derrota no Norte do país”, afirmou Alvaro.

A executiva estadual do PSDB agendou uma reunião do diretório local para o próximo dia 22, quando será indicado “em caráter irrevogável”o nome do pré-candidato tucano ao governo do Paraná.
Apesar dos rumores de que haveria uma intervenção branca da cúpula nacional tucana no estado, Guerra procurou valorizar a a direção estadual e disse que não haverá interferência nas decisões locais. “A executiva do estado tem autonomia para fazer o que bem entender”, afirmou o presidente do partido. Ele também considerou o encontro de ontem positivo porque retirou “mais algumas barreiras” para a construção de um acordo entre os dois pré-candidatos.


Por outro lado, a protelação do anúncio do candidato prejudica Richa, que terá de renunciar ao mandato de prefeito até o dia 3 de abril, por determinação da Lei Eleitoral. “Não digo que é minha questão. É a base do partido que já não aguenta mais esperar e está cobrando uma definição”, disse o prefeito.


Desgaste
A reunião de ontem foi mais um episódio do conflito entre o prefeito e Alvaro, que competem pela indicação tucana desde dezembro do ano passado. Ambos aparecem com performances similares nas pesquisas de intenção de voto em comparação com os mais prováveis adversários – o senador Osmar Dias (PDT) e o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB). A vantagem deles para Osmar varia entre quatro e dez pontos porcentuais.


“Todas essas últimas reuniões ocorreram a contragosto, mas devem servir para nos deixar mais unidos”, declarou Beto. Inicial­­mente, a decisão deveria ter sido anunciada na última sexta-feira, mas foi adiada a pedido de Guerra.
“Não vejo razão para haver esse desespero, mas também acho que não há mais necessidade de mais medidas protelatórias”, disse Alvaro. Por enquanto, os dois lados se esforçam para demonstrar que não há fissuras no partido. Na prática, porém, não conseguem esconder as rusgas.

Sorrisos e poucas palavras
Ambos saíram sorridentes do encontro de ontem, que durou cerca de uma hora e meia (entre as 9h e 10h30), no apartamento de Sérgio Guerra na Asa Sul de Brasília. Apesar disso, relutaram em comentar o teor da conversa. Mas garantiram que não vão questionar a decisão final.
O porta-voz da reunião, segundo eles, seria Guerra – que foi evasivo nas respostas para evitar problemas entre as duas partes. Richa saiu com pressa, alegando que tinha um voo no final da manhã para Curitiba, mas continuou na capital federal por algumas horas. Alvaro foi direto para a sessão da Comissão de Cons­­tituição e Justiça do Senado, mas voltou a conversar com Guerra por telefone.

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