sábado, 29 de agosto de 2009

O desabafo, de Pedro Simon

Simon, desolado: “No Brasil, não se apura nada”


Fonte: Josias de Souza na Folha Online


O senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi e ouviu o ronco da rua. Esteve no Largo do São Francisco, a faculdade de Direito da USP. Rodeado de estudantes, resumiu numa frase o desalento que o assaltou depois que o Senado arquivou as ações contra Sarney e o STF livrou a cara de Palocci.
“Ficou provado que, no Brasil, não se apura nada”. Alunos e professores perguntaram ao senador o que há de ser feito. E Simon: “Se houvesse movimento da sociedade, duvido que Sarney não tivesse renunciado”.
A reação contra a impunidade precisa vir, no dizer de Simon, “de fora para dentro”. Leia-se: das ruas para as instituições públicas.
Sim, Simon enfatizou, “porque de dentro do Congresso e do Supremo Tribunal Federal não vai sair nada…”
“…Do presidente Lula não vai sair nada. E não adianta destituir o Conselho de Ética, porque o STF acaba arquivando tudo”.

Há no Senado quem já está pelas tampas com a pregação ético-moral de Simon. Por exemplo: Ideli Salvatti (PT-SC), líder de Lula.
Quando Simon sobe à tribuna para se queixar da renitência de Sarney, Ideli costuma perguntar, à boca miúda e entre risos:
“Ele já falou do Rio Grande do Sul ou continua fingindo que é senador pela Paraíba?”
Em  relação aos malfeitos atribuídos à gestão da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB).
Nesta sexta (28), como que decidido a livrar-se da pecha de “ético seletivo”, Simon disse meia dúzia de palavras sobre a encrenca gaúcha.
Presidente do PMDB estadual, Simon afirmou que seu partido “realmente tem participação” no governo tucano de Yeda.
Mas, segundo ele, o pemedebê “deixou claro” à governadora “que sairá do governo e que participará da CPI” aberta contra ela na Assembléia Legislativa.
Ah, bom!
OLHO VIVO! Concordo plenamente com o Simon, lembrando que num passado ainda próximo, o povo se pintou de verde e amarelo e ajudou a tirar Collor do poder, motivado por acusações, que se comparado às atuais contra Sarney, até parecem ínfimos.


O que mudou? O povo perdeu a vontade de protestar pelos seus direitos, exigindo justiça e se acomodou na poltrona da sala para tão somente assistir pela televisão os atos e falcatruas absurdas destes integrantes do crime organizado do terno e gravata, e poder nas mãos? Prefiro acreditar que não,que na verdade este povo está é preocupado em trabalhar para prover seu sustento e por isso não tem tempo para protestar, mas que vai dar a devida resposta nas urnas ano que vem.


Mas deixo aqui meu protesto:


Que democracia é essa onde uma só pessoa pode se apossar de um estado inteiro e também do senado federal, tomando-os para si e fazendo deles simplesmente o que bem entender, a qualquer custo ou prejuízo em detrimento da população e do país, sem ter que responder judicial, administrativa ou criminalmente a absolutamente nada, por pior e mais fraudulenta que seja sua ditatorial gestão de poder, perpetuando assim “Ad Eternum” a continuidade de sua sinecura política, para si próprio e seus sectários


Só para concluir eu não posso deixar de perguntar:


- Será que as pessoas se lembram, qual era o vínculo político do atual presidente do senado e a qual partido ele era filiado, antes de formar a “chapa” com Tancredo Neves, para então se tornar candidato à vice-presidente da república? Cargo aliás, que ele mal chegou a ocupar visto que tragicamente Tancredo faleceu antes de poder dirigir nosso país pelos caminhos da tão sonhada democracia pela qual ele tanto tinha lutado.


E o presidente, o que ele achava do Sarney e do Collor, há alguns anos atrás, antes de se tornarem seus aliados?


Estas simples respostas podem demonstrar, algumas das razões porque o país está vivenciando esta podridão nos atos daqueles que deveriam estar, na verdade, defendendo os interêsses públicos!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Democracia ou Ditadura?

Stephanes Jr nega lobby
e garante que não é “defensor do cigarro”
Fonte: Blog do Fabio Campana
Diante das acusações do líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli, que acusou o deputado Stephanes Jr (foto) de “defensor do cigarro”, a resposta está na ponta da língua:
“Não sou defensor do cigarro, sou defensor da liberdade de escolha. Tive o bom senso de apresentar uma emenda que prevê a liberação do fumo ao ar livre, com mesas na calçada. Eles (os governistas) derrubaram a emenda por medo de uma derrota no plenário”, disse Stephanes, que deve apresentar recurso à CCJ na quinta-feira, contra a derrubada da emenda.
Quanto ao fato de, nas últimas semanas, sempre andar acompanhado do presidente da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), Fábio Aguayo, Stephanes diz: “Não é porque eu o chame. Ele é que não sai do meu lado”, brincou ao negar a existência de um lobby da Associação.
OLHO VIVO: Para alguns pseudo defensores dos interesses da população, quando o governo decide sobre um assunto, este fato deve ser respeitado como verdade absoluta, não importando se cercea ou não os direitos essenciais daqueles que não concordam e ou vão ser abrangidos por tal  ato, ou lei. Ato contínuo a partir de algum manisfesto de discórdia com o que está  sendo ditatorialmente imposto ao povo, quem for deste o porta voz, em defesa de seus direitos e em respeito à Constituição Federal, imediatamente vira alvo das mais diversas calúnias e acusações por parte daqueles que detém o poder, inclusive deste utilizando, para as mais diversas manobras e acordos antiéticos  necessários à garantir a execução de seus planos de manutenção de poder. Não quero ser redundante mas questiono novamente: Vivemos num regime demorático ou ditatorial? `
É preciso que se respeite a liberdade e igualdade de direitos de todos,  (não só dos membros do clero). Legislar não deve ser um ato utilizado para se ganhar popularidade e "posar de bonzinho", aproveitando-se de momentos propícios para tal. Vivemos um momento de de  inversão e desvirtuação dos valores e competências em nossas instituições, e isso não pode continuar. Hoje é uma lei antifumo que nos está sendo empurrada goela abaixo, amanhã pode ser a liberdade de imprensa, e depois o direito de ir e vir!
Repito, não  são os malefícios dos agentes fumígenos à saúde que estou  questinando aqui, mas sim a sua inconstitucionalidade. Hoje engolimos esta afronta à nossa Constituição Federal, amanhã o que será?
Nossa contrapartida é nosso voto! Esse é nosso maior fórum para  julgamento popular nestes casos, e dêle devemos utilizá-lo com sabedoria para inclusive dêle não sermos também cerceados.
Que bom seria se tivéssemos mais representantes populares com a vontade política do Deputado Estephanes Jr., pois não importa se está sendo defendido os direitos de minorias ou maiorias populares, o que importa sim é que todos são iguais perante à lei e assim devem permanecer e ser respeitados.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quanto à inconstitucionalidade da LeiAntifumo

Muito bate-boca na Assembleia ontem à tarde. Tudo porque a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de maioria governista, vetou as emendas apresentadas à lei antifumo, inclusive as que liberavam os fumódromos. O deputado Stephanes Jr, da base aliada de Requião, ficou furioso e disse que a CCJ usou de manobra, de “molecagem”, para derrubar as emendas.“O governo tem a maioria na CCJ e não deixa as coisas que não concorda chegarem ao plenário para ser melhor debatidas. O que fizeram é coisa de moleque. Esta mesma lei está em vigor em outros Estados com as emendas que hoje foram derrubadas”, disse Stephanes.
Fonte:Fabio Campana)

Dr.      Dr. Nivaldo Migliozzi (procurador da Abrabar), protocolando o Mandato de Segurança contra a Lei Antifumo, ontem (24/08),no Tribunal de Justiça do Paraná.


             OLHO VIVO:    O que está sendo questionado em relação à Lei Antifumo é quanto à sua inconstitucionalidade e não quantos aos efeitos nocivos da nicotina.Temos que tomar cuidado para não deixarmos que mascarem e deturpem a realidade dos fatos, visando manipular a opinião popular, dos verdadeiros interesses escusos por detrás de tais ações, que transgridem as competências institucionais democráticas nacionais estabelecidas.


Vivemos num Estado Democrático de Direito, e não podemos deixar que tais mazelas, com fins visivelmente eleitoreiros se apoderem das nossas Instituições e as desvirtuem de suas reais e primordiais finalidades, que são a defesa igualitária dos direitos dos cidadãos e a preservação da lei e da ordem em nosso País, para um simples instrumento de promoção pessoal. Legislar sobre este assunto é de competência federal, e ponto final. Desrespeitar a ordem legal neste caso é transgredir a Constituição Federal, não só neste ponto, mas também quanto à restrição de liberdade, o que é cerceamento dos Direitos Fundamentais. Se formos coniventes a esta atitude, seria então melhor rasgar a nossa Carta Magna e vivermos numa anarquia.
Parabéns à Abrabar e a seu procurador o Dr. Nivaldo Migliozzi, por se manifestarem oficialmente contra a lei e à favor da manutenção da liberdade de direitos dos cidadãos. Afinal de contas vivemos em um Regime Democrático, ou ditatorial neste País?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Que PT é esse?

BRASÍLIA - Em seu discurso desta sexta-feira no plenário, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) atribuiu ao que qualificou de "soberba" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a saída da senadora Marina Silva do PT e a crise envolvendo o líder do partido no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Simon também acusou Lula de interferir "de maneira grosseira no Senado, submetendo seu partido, o PT, para salvar Sarney".


"Lula age com soberba, desprezando os antigos companheiros que construíram e formaram a alma do PT e que, hoje, desiludidos, estão abandonando o partido", disse Simon, citando também o caso de Frei Betto, um dos primeiros auxiliares de Lula a abandonar o governo.Após anunciar que deixaria a liderança do PT no Senado, Mercadante subiu à tribuna do plenário para dizer que ficará no cargo a pedido do presidente Lula. Um encontro entre os dois ocorreu ontem à noite, no Palácio do Planalto, e, segundo o senador, eles conversaram por cerca de cinco horas. Durante o discurso, Mercadante leu uma carta que recebeu de Lula, e anunciou: "Não tenho como dizer não para o presidente, como não tive como dizer muitas vezes."

OLHO VIVO: É melhor dizer não então e virar as costas e trair aos milhões de eleitores, que confiando nos programas de governo e diretrizes do PT votaram cegamente numa proposta mentirosa, como mentiroso é o plano de governo, ou desgoverno, do partido e do Lula, navio aliás que Flavio Arns, pelo menos êle, teve a honra, ou sensatez, de pular fora.
Que PT é esse? me perguntam nas ruas...
Desconheço, respondo. Pois cada vez mais se parece aos partidos, desenhados nas críticas que então tecia com paixão quando era oposição, contra os quais contestava e brigava arduamente no passado.
Que PT é esse que abraça Collor e defende Sarney, a custas do próprio sangue, em detrimento de todo um passado histórico de lutas pelos direitos sociais! Porque não defende a população brasileira carente e os trabalhadores agora?...
Balela, "história prá boi dormir", no ditado popular, mas com apenas uma simples palavra pode ser bem definada: MENTIRA!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ruim por ruim, votem em mim!

Fonte: Et Cetera
A corrida ao Palácio do Planalto no ano que vem ganhou um ingrediente novo após a divulgação da pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). O cenário até então tido como principal entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) sofreu uma "revolução". O fato é que a popularidade da candidata de Lula está em absoluta queda livre. O mau momento da petista é tamanho que o PSB, que caminhava no sentido da composição com o PT, anunciou que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) é candidato à presidência da República em 2010, e não ao governo paulista. Não surpreende. Ciro, hoje, aparece como vice-líder no levantamento, a frente de Dilma. Imagine o azedume no ambiente do petismo. A verdade é que a ministra-chefe da Casa Civil murchou antes mesmo de desabrochar. O incidente com Lina Vieira foi apenas a gota d'água. A coisa está tão feia que, a continuar assim, o presidente Lula apoiará mesmo é Ciro Gomes. E um abraço para a "companheira".
Complicador Não é apenas o crescimento de Ciro que incomoda. Dilma aparece atrás, até, da senadora Marina Silva (PT-AC), que deve se transferir para o PV. No confronto direto entre as duas, em quatro cenários, a senadora "verde" perde em um, empata em outro e ganha em dois. O nome escolhido por Lula, o único dentro do PT, demonstra não ter fôlego, sequer, para chegar viável no ano que vem. Virtudes Por mais que o Planalto insista que o melhor caminho é ter um único candidato da base aliada de Lula à sucessão, nessa altura do jogo a entrada de Ciro é algo a ser visto como positivo. Dilma, que perdeu credibilidade no "caso Sarney", teria, enfim, alguém que a substitua. Vale lembrar que o PT, em momento algum, trabalhou com um "plano B". Os números Na primeira das consultas, José Serra (PSDB) aparece com 28% das preferências, seguido de Ciro Gomes (PSB) com 16%. Dilma é a terceira (14%), Heloísa Helena (PSOL) a quarta com 13% e Marina aparece em quinto lugar, com 10%. Cenários Na segunda consulta, sem Heloísa Helena, Marina empata com Dilma em 14% (Serra lidera com 30% e Ciro fica com 22%). A virada da ex-ministra do Meio Ambiente aparece quando Ciro também é tirado da disputa. Nessa hipótese, Serra sobe para 37% e Marina vence Dilma por 24% a 16%. Última
Para quem carrega o bônus de ser a preferida de Lula e ainda poder contar com o uso da máquina, os percentuais de Dilma beiram o fiasco.

OU SE FAZ A REFORMA POLÍTICA OU O PODER EXECUTIVO CONTINUARÁ PRISIONEIRO DO PODER ECONÔMICO E DAS OLIGARQUIAS


Atravessamos mais um momento de profunda de crise e decepção com o sistema político. Decepção da população como um todo e daqueles que lutaram contra o arbítrio, indignados com o fato de ver o presidente, governadores e prefeitos progressistas, em nome da chamada governabilidade se aliarem com pessoas que eram inimigos de ontem, aos quais denunciavam por imoralidades e outras coisas mais. E ainda para piorar não conseguem efetivar políticas fundamentais que prometeram para se eleger. Em razão disso, mostro a causa principal deste fato acontecer. Isto é a realização de um projeto dos estrategistas do poder econômico, em especial, o financeiro. Ora vejam porque.
O governo federal acaba de encaminhar uma proposta de reforma política ao Congresso Nacional propondo lista fechada, financiamento público exclusivo, fidelidade partidária, inelegibilidade, fim das coligações proporcionais e cláusula de barreira. Tal proposta partiu do diagnóstico do atual sistema que rege o processo político brasileiro, é “balizado por um presidencialismo de coalizão incrustado em um quadro partidário multifragmentado e volátil, que condiciona os governos à montagem de composições partidárias amplas, com vistas à garantia mínima de governabilidade”. E que num quadro desses, os sucessivos mandatários, eleitos pela via democrática, tiveram dificuldades para governar, pois a montagem do governo e de sua sustentação no parlamento nunca se deu em bases programáticas. Pelo contrário. As coligações são apenas para atender às demandas paroquiais, há exacerbação de personalismo, prevalência do poder econômico e fragilização dos partidos, inviabilizando um projeto nacional. Com reflexos nos demais poderes e nas esferas estadual e municipal.
Afinal, o sistema mantido pela nossa Constituição Federal foi o estruturado pelo poder econômico, que vendo o seu modelo de desenvolvimento elitista e para poucos ruir com desemprego, carestia e miséria. Trouxe o avanço das oposições nos Estados mais populosos, com a inevitável perda da presidência, os governos e prefeituras, resolveram montar um sistema parlamentar para continuar dando as cartas. Principalmente porque este sistema político tem como base excesso de partidos, fracos e elege inevitavelmente pessoas muito, muitíssimas desqualificadas. O que é bom para o poder econômico e para as oligarquias regionais continuar mandando nos governos.
Diagnóstico correto colocado na mensagem da proposta de reforma política, porém, não se fala num dos temas mais importantes para a reforma política, que é a distorção do sistema representativo pela falta da adoção do coeficiente eleitoral nacional, para a eleição dos deputados federais e a necessidade de tirar o papel do Senado Federal de segunda Câmara revisora, que agride o Estado de direito democrático.
No caso da Câmara dos Deputados, casa de representação do povo, determinou que poderão eleger-se um mínimo de oito e um máximo de setenta deputados federais por Estado-membro. Não adotando a forma de coeficiente eleitoral nacional o que acabou produzindo uma distorção, pois aproximadamente 40% dos eleitores elegem 263 deputados federais e 60% dos eleitores elegem apenas 250 deputados federais.
O Senado Federal - casa de representação dos Estados-membros - que foi ampliado com a transformação de territórios pouco populosos e com pequenas economias, que deveria ter como atribuição discutir matérias de interesse da União e de conflitos entre as unidades federativas, mantendo o equilíbrio para o desenvolvimento das regiões. Mas, por distorção do sistema representativo, os senadores têm um dos campos de atribuições e competências dos mais amplos do mundo, podendo votar e vetar tudo, como se fosse uma segunda Câmara revisora.
A forma de impor um mínimo de três senadores por Estado-membro, gera uma distorção em que, aproximadamente, 40% dos eleitores elegem 59 senadores e 60% dos eleitores elegem apenas 22. Simbolizado na figura do senador eleito com 10 milhões de votos, tendo o mesmo peso de um senador que se elegeu com 300 mil votos. Isso é tão grave, pois o campo de atribuição e competência tão amplo acaba barrando a modernização das legislações brasileiras, pois representantes de Estados-membros poucos populosos e com economia pequena acabam impondo projetos locais, às vezes pessoais, em detrimento aos interesses estratégicos da sociedade brasileira.
Diante desse dilema, a reforma política - que seria realmente necessária - vai sendo protelada e o eleitor brasileiro em alguns Estados-membros vale 0,5 voto, enquanto em outros vale 15,4 votos. Não é por acaso o desinteresse pelas eleições, pois a distorção do sistema representativo distancia o representante do representado, comprometendo o sistema democrático. Distanciamento que não será resolvido só com a reforma proposta.
Em função dessa distorção, qualquer Presidente da República, Governador e Prefeito eleito pelo voto direto, por mais progressista que seja, teve, tem e terá problema de governabilidade. É só ver o caso recente do presidente Lula, eleito com 40 milhões de votos no primeiro turno. Caso tivéssemos o coeficiente eleitoral nacional, ele teria elegido uma bancada de apoio muito maior. Mas, a distorção do sistema representativo fez eleger bem menos, gerando problemas de governabilidade. Resultando naquilo que o poder econômico que um presidencialismo de coalização, ou seja, você pensa que esta votando num presidente, governador e prefeito com um programa de governo progressista, mas nas eleições do parlamento, em razão da deformação do sistema político, a sociedade não percebe que elege um governo de coalização, as vezes conservador, desqualificado e retrógrado. E por isso, é difícil governar e implantar políticas públicas voltadas para o povo por culpa desta engenharia política imposta pelo poder econômico e as oligarquias regionais, que resistem em mudar. Pois ganharam e ganham muito com ela.
Há de se considerar também que a distorção do sistema representativo, estruturado pelo poder econômico, para evitar o avanço das oposições progressistas, acabou gerando um custo muito alto para o país manter a governabilidade, pois para garantir a maioria no parlamento foi usado como moeda de troca à criação e a manutenção de inúmeras estruturas públicas desnecessárias no âmbito federal, estadual e municipal. Incluindo as indicações para o poder judiciário e nos tribunais de contas, colocando em dúvida o princípio da independência dos poderes. Além do mais, acabamos por ter um sistema representativo deformado que ajudou muito na construção de uma divida interna e externa e um sistema previdenciário que beneficia a poucos, agregado o fator previdenciário, que vai dilapidando os benefícios com o tempo. E, também, a manutenção do controle dos meios de comunicação, de um sistema agrário, urbano, tributário questionável e uma política de juros e cambial que onera o setor produtivo nacional e a sociedade; Impedindo a nossa industrialização, impondo um projeto de exportadores de commodites (matéria prima sem industrialização e agregação de valor, como açúcar, farelo, madeira, minério, carne in natura etc), e por conseqüência a dura realidade na divisão internacional do trabalho, de geradores de empregos com baixos salários.
Por isso, a sociedade brasileira deve debater a reforma política sob a ótica de um novo pacto federativo, para que se redefina as atribuições dos senadores, o critério de composição do Senado Federal e inclua a mudança na eleição da Câmara dos Deputados. Não só sob o enfoque da reforma do sistema partidário e eleitoral. Devendo-se exigir a implantação do coeficiente eleitoral nacional, de acordo com o fundamento do princípio "um cidadão, um voto". Esse princípio desaguará na regulamentação de mecanismos de participação popular e na reforma do Estado com o objetivo de se construir, verdadeiramente, um Estado de direito democrático e, por decorrência, um novo modelo de desenvolvimento democrático para todos os brasileiros.

Por Geraldo Serathiuk, advogado especializado em direito tributário pelo IBEJ/PR e com MBA de Marketing e Estratégia da UFPR.

sábado, 15 de agosto de 2009

Isso a gente já sabia!

Ora, minha gente, ter dúvidas sobre se Papai Noel e Coelhinho da Páscoa existem de verdade ou não, até dá para admitir, agora alguém ainda imaginar que José Sarney poderia não ser sabedor e profundo conhecedor dos Atos e Fatos Secretos que aconteciam e acontecem naquela casa..., ESSA NÃO DÁ PARA ENGULIR!
Mas tudo bem a notícia oficialmente, só aconteceu agora:

Sarney quebrou decoro ao negar atos, diz oposição

Notícia reforça discurso pelo afastamento do peemedebista, que teve ações rejeitadas pelo Conselho de Ética

Fonte: Clarissa Oliveira, de O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - A notícia de que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sabia da existência dos atos secretos desde o fim de maio reforçou o discurso da oposição em favor do afastamento do peemedebista.



A avaliação é a de que fica caracterizado mais um indício de quebra de decoro parlamentar, já que Sarney mentiu ao dizer da tribuna que não sabia o que era um ato secreto, após o esquema de boletins ocultos ter sido revelado pelo Estado em 10 de junho.

A informação de que Sarney já sabia dos atos foi noticiada neste sábado, 15, pelo Estado, em entrevista com o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, Ralph Siqueira. Segundo ele, todos os seus superiores foram avisados.

A conversa com Sarney teria acontecido entre os dias 28 e 29 de maio. Siqueira disse que, no despacho, informou Sarney de que havia sido criada uma comissão para investigar os atos, já que havia indícios de omissão deliberada.

"Se este fato se comprovar, está caracterizada a quebra de decoro. Para nós, este elemento sozinho já seria suficiente", reagiu neste sábado o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN). "Isso acrescenta mais uma motivação à nossa intenção de votar a favor da abertura dos processos contra ele."

Agripino voltou a criticar a articulação liderada nos bastidores pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para assegurar a permanência de Sarney no cargo. "Ao final, vamos ver se prevalecem os fatos ou as manobras."

Onze ações - entre denúncias e representações - contra o presidente do Senado foram rejeitas pelo presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ) nas últimas semanas. A oposição recorreu de todas, e uma decisão sobre a abertura dos processos deve ser decidida na próxima semana.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que vai discutir o assunto com a bancada na próxima semana. Segundo ele, a base governista trata as sucessivas denúncias contra Sarney como "jogo matemático". "Esta é mais uma contradição, que só faz aumentar o clima de desconfiança."

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quem não se recorda, Ciro!

Em 2002, Ciro Gomes, hoje novamente candidato à presidência da república, chegou a liderar as pesquisas. Mas dois episódios simbólicos, quando chamou de burro um ouvinte de uma rádio e afirmou que a função de sua mulher, Patrícia Pillar, na campanha era dormir com ele, foram determinantes para não ir ao segundo turno.
Questionado pela Folha ele respondeu à algum tempo atrás:
"Foram duas das maiores besteiras das muitas que eu já fiz na vida. Nenhuma delas alcançou um centavo do dinheiro público. Me arrependo muito, mas aprendi amargamente. Não me perdôo. Mereci a repulsa dos eleitores porque não é sintoma de bom presidente. "
Olhe meus amigos, eu concordo plenamente, que mereceu a repulsa do povo brasileiro sim, mas acrescento que isso se aplica até hoje! O povo não pode se esquecer destes fatos, e não adianta depois simplesmente querer "dar uma de Judas" e se arrepender .
Bom, pelo menos Judas demonstrou com um ato, o seu "arrependimento"!
PSB anuncia a Lula que Ciro é candidato à Presidência

Fonte: VERA ROSA - Agencia Estado

BRASÍLIA - A cúpula do PSB informou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o deputado Ciro Gomes (PSB-PE) é candidato à presidência da República em 2010, e não ao governo paulista. Em jantar com Lula no Palácio da Alvorada, o governador de Pernambuco e presidente da sigla, Eduardo Campos, afirmou que o lançamento de várias candidaturas da base aliada não é prejudicial ao projeto da coalizão governista. Na avaliação do PSB, esse cenário ajuda o Planalto, pois, com muitos concorrentes no páreo, a eleição fatalmente irá para segundo turno, impedindo a vitória da oposição na primeira rodada.Porém, Lula não tem a mesma opinião. "Ele acredita que uma única candidatura da base de sustentação do governo é melhor, mas respeita o nosso diagnóstico", afirmou o governador. "No nosso entendimento, múltiplas candidaturas da base aliada acumulam força para ganhar as eleições, mas, se ficar evidenciado que essa tática põe em risco o projeto governista, reavaliaremos nossa posição."Campos disse que, até 15 de setembro, o partido terá posição mais definida sobre o assunto, após rodadas de pesquisas e conversas políticas. Um grupo do PSB ainda defende o lançamento de Ciro ao governo paulista, hipótese que agrada a Lula, mas enfrenta resistências no PT. Ciro participou do jantar de ontem, que também contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - pré-candidata petista à sucessão de Lula -, e de dirigentes das duas legendas.

Virgílio liga aliados de Sarney e Agaciel a novos atos


Fonte: CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), acredita que funcionários ligados ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e ao ex-diretor geral da Casa Agaciel Maia sejam responsáveis pelos 468 novos atos secretos descobertos na Casa. "Isto tem o dedo do Agaciel (Maia) e dos filhotes dele. Porque depois de tantos anos no poder, isto gera filhotes e cria uma máquina espúria", disse. Além desses, já haviam sido identificados 511 atos com nomeações de servidores e concessões de benefícios sem a publicação exibida por lei.
Os 468 novos atos foram editados entre 1998 e 1999, quando o ex-senador (já falecido) Antonio Carlos Magalhães era presidente do Senado, e foram incluídos no sistema de publicação da Casa dois dias após a conclusão de levantamento sobre os outros cerca de 500, que foram revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Para o tucano, inserir os novos atos secretos no sistema de publicação pode ter sido uma "estratégia diversionista" do grupo de servidores pró-Sarney para tirar o presidente do foco da crise. "Não é estranho, depois de terminado o estudo, aparecer mais atos? Acho estranho, é uma manobra diversionista, joga para cima do ACM para mostrar que não era só o Sarney."
Agaciel Maia foi nomeado diretor-geral do Senado por Sarney na primeira das três vezes que o peemedebista presidiu a Casa. Maia ficou 14 anos no cargo até ser exonerado no início do ano, sob denúncia de que teria ocultado da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões em um bairro nobre de Brasília.

Conta

Até mesmo o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que é da base aliada, acha "estranho" a descoberta. "Os atos secretos são resultado da péssima administração do Senado. Chega ao ponto de acusar o ACM. Acusar mortos é injustiça. Acusar o ACM de atos secretos, como vamos saber? Vamos ter que jogar búzios na Bahia para descobrir", ironizou o parlamentar.



Salgado também atribui a responsabilidade dos atos secretos ao ex-diretor Agaciel Maia, mas suspeita da participação de senadores no esquema de edição dos atos sigilosos. "O Agaciel está pagando a conta inteira. Mas quem dera tivesse uma câmera filmando todo mundo que ia falar com ele. Não é possível que ele tenha ficado 14 anos no poder e tenha sido odiado por todos (...) Mas escolher só um para pagar a conta, com isto eu não concordo", afirmou Salgado, que faz parte da tropa de choque do senador José Sarney.


Mais uma pizza fresquinha saindo do Senado Federal

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou hoje a instalação de uma comissão de inquérito para analisar os novos atos secretos descobertos na Casa, no total de 468. Além desses, já haviam sido identificados no Senado 511 atos com nomeações de servidores e concessões de benefícios sem a publicação exibida por lei. A decisão de instalar a comissão foi aprovada no fim da manhã na reunião da Mesa Diretora da Casa.

Na tentativa de explicar como é possível que tenham aparecido de repente mais atos secretos - após o fim dos trabalhos da comissão que examinou os 511 -, Heráclito Fortes disse acreditar que pode ter havido má-fé de algum servidor, que teria inserido os 468 atos no sistema informatizado de publicações do Senado. "Considero sabotagem, ou até mesmo molecagem, por parte de servidores que se acham fundamentalistas e acreditam que ainda vão voltar ao poder", afirmou o primeiro-secretário. Sobre a possibilidade de ter sido o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia o servidor que incluiu os 468 atos no sistema, Heráclito disse: "Não gosto de 'fulanizar'. Mas, com certeza, foram pessoas de gestões passadas tentando desestabilizar a atual gestão."

O secretário afirmou que os 468 atos tratam de questões administrativas e foram todos assinados no período de 1998 e 1999, quando o presidente do Senado era Antonio Carlos Magalhães (ACM - falecido há dois anos). Heráclito disse que três foram assinados por ACM.
E a vergonha continua cada pior! Pior na verdade é pensar que Sarney, Lula e CIA. estão preparando a maior pizza para engavetar tudo isso!
Lula que em 2001 chamou Roseana e Jose Sarney de mentirosos e outras coisa mais em comício público, agora defende o Presidente do Senado como se fosse a sua própria vida que estivesse em risco! Engula mais essa povo brasileiro!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sepex X Requianês

Sindicato propõe Adin contra nova lei de propaganda
Fonte: Newton Almeida

O Sindicato das Empresas de Publicidade Externa no Paraná (Sepex-PR) protocolou na manhã de ontem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR), contra a Lei Estadual 16.177/09, que torna obrigatória a tradução de palavras estrangeiras em propagandas expostas em todo o território estadual, sob pena do infrator arcar com multa no valor de R$ 5 mil. O sindicato espera que o TJ delibere hoje uma liminar que pode suspender os efeitos da lei.O documento impetrado pelo Sepex-PR se baseia no artigo 22, inciso 29 da Constituição Federal, que delega à União a incumbência de legislar sobre a propaganda comercial no País.

O procurador do Sepex, Nivaldo Migliozzi, ainda ressalta o artigo primeiro da Constituição Estadual, que tem por princípios o respeito à Constituição Federal e à inviolabilidade dos direitos e garantias por ela estabelecidos।O procurador também salienta os artigos 206, da Constituição Estadual do Paraná, e 220 da CF, que proíbem a imposição de qualquer tipo de restrição do Estado à liberdade de expressão. “Temos matéria mais do que suficiente para uma resposta positiva da Justiça”, afirma Migliozzi.