Pela proposta, apresentada pelo líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias
(PR), o estatuto de cada partido é que irá disciplinar a realização das
primárias.
Possibilidade de se fazer primárias consta da Lei das Eleições, mas não tem atualmente caráter obrigatório. Projeto seguirá para a Câmara dos Deputados
O plenário do Senado
aprovou na noite de terça-feira (18), em votação simbólica, proposta
que cria regras para que os partidos políticos realizem prévias para a
escolha de candidatos a presidente da República. A possibilidade de se
fazer primárias consta da Lei das Eleições, mas não tem atualmente
caráter obrigatório. O projeto, que seguirá para apreciação da Câmara
dos Deputados, estabelece condições para que as legendas possam
realizá-las.
Pela proposta, apresentada pelo líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias
(PR), o estatuto de cada partido é que irá disciplinar a realização das
primárias. Elas poderão ser feitas a partir de um ano antes da data da
eleição até o primeiro domingo de junho do ano em que ocorrerá a eleição
presidencial. Esse prazo foi estipulado durante a apreciação do texto
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em abril, a partir de uma
emenda apresentada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), lançado há duas
semanas pela cúpula do partido candidato a presidente da República.
Uma emenda do senador Pedro Taques (PDT-MT), relator da matéria na
CCJ, também permite à Justiça Eleitoral dar instruções, acompanhar o
processo de prévias e fiscalizar sua realização. Uma inovação do projeto
é que os meios de comunicação também poderão fazer debates com os
pré-candidatos dos partidos, previsão atualmente proibida pela
legislação eleitoral.
Ninguém se pronunciou durante a discussão e votação da matéria, tendo
sido aprovada em menos de um minuto. Durante a apreciação da proposta
na CCJ em abril, o projeto recebeu 15 votos favoráveis e apenas um
contrário, da senadora Marta Suplicy (PT-SP). Na ocasião, os senadores
também rejeitaram duas emendas propostas pelo senador Eduardo Suplicy
(PT-SP), uma das quais previa que pessoas simpáticas ao partido poderiam
ter direito a voto nas prévias.
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